Meus pais, meus irmãos e toda a minha família desapareceu. Fui para o campo com minha mulher e minha filha, também mortos por nazistas. Nunca mais me casei e nem tive filhos.
Passei 4 anos no campo de concentração, transportei e amontoei cadáveres, limpei banheiros, fui médico auxiliar, carregador e escrevente.Vi centenas de mortes por fuzilamento e pelas câmaras de gás. Milhares de jovens, mulheres, homens, velhos e crianças foram aniquilados dessa forma. E eu assisti tudo sem nada poder fazer.
Os acontecimentos se refletiram diretamente na minha saúde. Por anos, sofri transtorno de stress pós traumático, alucinações, insônia, suores por todo o corpo e depressão profunda.
Mas a guerra acabou, assim como a vida, e o pesadelo diário que ela se tornou pra mim., As alucinações acabaram, e também a insônia e a depressão. Com a certeza de que o sol nascerá, a justiça se fará e isso não se repetirá, faleci em paz no dia 26 de abril de 1973 na cidade de Varsóvia / Polonia.
SHALON." Benjamim Baruch
*por Andre Frazzi
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