Ao assumir o poder em janeiro de 1933, Adolf Hitler começou a montar um sistema ditatorial caracterizado pela repressão a quem não lhe fosse conveniente, pela perseguição aos judeus e pela expansão militar e territorial.
A partir de 1930, o movimento nazista de Adolf Hitler cresceu, aproveitando-se do descontentamento popular com as crises econômica e política. O Partido Nacional-Socialista (NSDAP) era antidemocrático, anti-semita e de um nacionalismo exaltado. Com uma pregação pseudo-revolucionária, tornou-se a maior força política em 1932. Com a demissão de Franz von Papen, o último chanceler da República de Weimar, o presidente Hindenburg chamou Hitler para constituir o novo governo.
Nomeado chanceler do Reich em 30 de janeiro de 1933, Hitler, que considerava o cargo apenas um passo para a tomada do poder absoluto, começou imediatamente a montar um sistema ditatorial. Desfez-se rapidamente dos aliados que permitiram sua ascensão, reservando-se plenos poderes. Através de uma lei aprovada pelos partidos burgueses, proibiu todas as agrupações políticas, com exceção do seu NSDAP. O Partido Social Democrata e o Partido Comunista foram dissolvidos, e os demais, forçados à autodissolução.
O incêndio do prédio do Reichstag (Parlamento), em 27 de fevereiro de 1933, foi logo atribuído aos comunistas .Isso serviu de pretexto para a aprovação de leis que revogaram direitos fundamentais dos cidadãos, puseram fim à liberdade de imprensa e desmantelaram os sindicatos, principal esteio dos movimentos sociais contrários ao nacional-socialismo.
Repressão e anti-semitismo
A partir de então, não havia instância policial ou estatal capaz de conter os distúrbios e agressões das SA, as temidas milícias paramilitares do Partido Nacional-Socialista (literalmente, o nome original, Sturmabteilung, significaria Divisão de Assalto). O esquadrão comandado por Heinrich Himmler, a SS (curto para Schutzstaffel, ou Esquadra de Proteção), começou a sedimentar sua posição especial no aparato repressivo.
Qualquer tentativa de resistência era brutalmente sufocada. O regime perseguia impiedosamente não só adversários políticos – a começar por comunistas e social-democratas –, como todas as pessoas que não eram do seu agrado. Milhares foram presas e, sem qualquer processo judicial, internadas em campos de concentração construídos da noite para o dia.
Mal tomara o poder, o regime começou a pôr em prática seu programa anti-semita. Passo a passo, os judeus foram despidos de seus direitos individuais e civis, proibidos de exercer a profissão, limitados em seu direito de ir e vir, expulsos de universidades, agredidos, forçados a entregar ou vender empresas e propriedades. Quem podia, tentava fugir para o exterior para escapar das expoliações, injustiças e vexações.
A perseguição política e a ausência de liberdade de expressão e informação levaram milhares de pessoas a abandonar o país. A emigração forçada de intelectuais, artistas e cientistas de renome representou uma perda irreparável para a vida cultural da Alemanha.
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